Estou catatônico. Acabo de ler a crônica “macumba pra indiano”, de Victor Heringer, presente no livro coletânea Vida Desinteressante.
Victor foi chamado para falar sobre umbanda, numa passagem pela Índia. Explicar sua relação com a religião era algo que ele nunca havia feito publicamente.
Surge essa crônica. Ele conta que tatuou os três pontos riscados das suas entidades: um preto velho, um erê e um caboclo. Meu coração deu uma fisgada, confesso.
Eu já sabia de sua relação com a umbanda, facilmente percebível nas inúmeras referências religiosas por toda sua escrita, mas ainda me faltava uma menção mais direta para entender se essa relação era da roda pra fora, ou da roda pra dentro.
Entender Victor Heringer como médium poderia ser mais um ponto de identificação que tenho com esse autor sublime. Mas me peguei aflito, ainda mais quando ele continua:
“Devo ser um dos poucos médiuns ateus da umbanda. Acredito no transe, porque acontece comigo. E acredito que aqui na Terra existem mais coisas do que sonha a nossa vã neurologia.”
Acabei indo longe nessa nota e a publiquei no Cosmoliko: https://cosmoliko.com/macumba-pra-ateu/